Foto:Mauro Pimentel/Futura Press |
Logo no início do debate Plínio mostrou a que veio e criticou todas as outras candidaturas mostrando que suas propostas não atacam de frente a desigualdade social no país “O que se faz aqui é uma douração de pílula, dizendo o que vai fazer, não o que é necessário, quando um candidato diz que vai construir 300 escolas, não diz que são necessárias 1500, ou seja, mesmo que ele construa as 300 o problema persistirá.”, afirmou Plínio.
Para o PSOL resolver os problemas é atacar suas raízes e para isso é preciso enfrentar muitos interesses e nenhum dos candidatos está disposto a isso.
Plínio defendeu o aumento do salário mínimo para os padrões do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que em agosto aponta que para que o trabalhador pudesse ser atendido quanto “às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social" o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.023,89.
“Quer resolver o problema de renda no Brasil? Tem que aumentar o salário mínimo para os padrões do DIEESE, mexendo na taxa de lucro das empresas e fazendo uma auditoria da dívida pública brasileira”, afirmou Plínio.
Durante o debate Plínio defendeu o aumento dos gastos com educação, que hoje são de 3% do PIB, para 10% do PIB, “O Fernando Henrique vetou o aumento, e o Lula matreiramente o manteve, num governo do PSOL aumentaremos para 10% do PIB os gastos com educação pública”, afirmou Plínio.
Enquanto todos os outros candidatos defendem o Reuni (Reforma Universitária) e o ProUni (Programa Universidade para todos), o candidato do PSOL fez severas críticas a ambos os programas “o ProUni é um jeito que o governo inventou para dar dinheiro público para a iniciativa privada, para muitas indústrias de diplomas”. Sobre o Reuni afirmou que “o Reuni é um programa que vem do Banco Mundial que reduz o ensino público nos países subdesenvolvidos a sua condição mais técnica, retirando sua perspectiva crítica”
Plínio também defendeu o programa do PSOL para os impostos, que hoje por serem sobre o consumo e não sobre a renda fazem com que o pobre pague mais imposto que o rico, “O PSOL defende a taxação das grandes fortunas em 45 %, zerando o ICMS”, propôs Plínio.
Sobre Marina Silva afirmou que quando foi ministra não teve a coragem de enfrentar os grandes interesses, “Faltou coragem à Marina para enfrentar os grandes interesses, por isso quando foi ministra engoliu os transgênicos, Belo Monte e todas as atrocidades ambientais que ocorreram quando foi Ministra do Meio Ambiente”.
Plínio também fez severas críticas à imprensa, que esconde as candidaturas de esquerda, que discordam radicalmente dos rumos do país, “A grande mídia está fazendo uma censura às candidaturas de esquerda, não mostram suas propostas. A imprensa pode criticar, mas não omitir”.
Sobre política externa defendeu que o Brasil mantenha relações comerciais com o Irã “Quer país que tem mais problema com direitos humanos do que os Estados Unidos? e nos mantemos relações comerciais com eles, porque não com o Irã?”